30 outubro 2007

Existirão limites na publicidade?

Não sendo propriamente uma comunicação a produtos alimentares, este exemplo dá a conhecer (e de que maneira) um problema cada vez mais emergente.
Oliviero Toscani, publicitário já muito conhecido pelos seus anúncios na Benetton, voltou nas últimas semanas a surpreender o mundo, desta vez na campanha para a marca No-l-ita.
Será que só com este tipo de "publicidade de choque" se conseguirá alertar a opinião pública para flagelos como a anorexia? Ou será que estamos a ir longe demais e a desrespeitar algumas convenções morais e éticas?
Certo é que apesar de já ter sido retirado, este mupi não deixou ninguém indiferente e essa terá sido a sua grande vitória...

25 outubro 2007

Interesse económico vs Interesse população - o eterno dilema

Muitas das vezes o nutricionista comunica a ciência produzida por outros, sendo que os principais financiadores de investigação são aqueles que maiores lucros possam vir a ter com ela (estudos leite<=>saúde 10 vezes superiores a estudos água<=>saúde). O nutricionista deve tentar ao máximo mostrar-se imparcial a interesses políticos e económicos e privilegiar o interesse da população.
A base de tudo isto é a ética profissional…dêem uma olhadela no exemplo brasileiro se tiverem curiosidade.

Será que em Portugal a criação de uma Ordem dos Nutricionistas ajudaria a resolver parte de problemas como este?

17 outubro 2007

A propósito de comunicação funcionalista…

Nas estratégias de comunicação de alimentos existem pequenos pormenores que por vezes fazem toda a diferença. É o caso de alguns símbolos utilizados por variadas empresas do ramo alimentar que quase passam um “atestado de compra saudável” a alguns produtos lançando aqui alguns exemplos.

Na tentativa de criar um símbolo que uniformizasse estes critérios foi fundada na Holanda e Bélgica uma fundação, a Choices International Foundation, que no 7ºCongresso da SPCNA deu a conhecer os seus propósitos que passam por: Tornar fácil a escolha de produtos saudáveis para o consumidor; Estimular a inovação de produtos com uma melhor composição nutricional. Assim, os requisitos necessários para os produtos adquirirem este selo passam por um acréscimo médio de 20% às recomendações da OMS para gordura saturada, AG trans, sódio e açúcar.
Estes critérios serão revistos por um comité independente a cada dois anos e não serão aplicáveis a bebidas alcoólicas, alimentos para crianças com menos de um ano e suplementos. Apesar desta fundação permanecer ainda muito fechada e ligada “em demasia” a algumas multinacionais, sem dúvida que encabeça uma iniciativa bastante útil do ponto de vista do consumidor que pode assim associar este símbolo a um produto saudável.

16 outubro 2007

Comunicação Estruturalista e Funcionalista: quando os opostos se atraem!

Até que ponto duas correntes de comunicação com diferentes orgânicas se podem conjugar? A comunicação estruturalista obedece a padrões e regras fundamentalmente sociais sendo regulada pela cultura e pelas várias mudanças que esta experimenta. Damos o exemplo do novo conceito de café da Nestlé, o Nespresso. Como é visível há todo um requinte que envolve o site quer ao nível da música, cores e do protagonista da campanha. Assim, a marca associa o consumo do seu produto a uma elevação do padrão social do consumidor. Já na vertente funcionalista a comunicação apresenta-se como uma disciplina capaz de oferecer as bases científicas para a mudança de comportamentos. Com efeito, a perspectiva valorizada são as relações causa-efeito e custo-benefício tendo a saúde como pano de fundo. E nesse contexto a comunicação da Becel é um exemplo que reúne todos estes condimentos: enfatiza o problema dos altos níveis de colesterol nos jovens adultos surgindo depois com a solução.

No entanto é cada vez mais corrente estas duas filosofias de comunicação juntarem os seus conceitos numa perspectiva de promoverem produtos saudáveis e de grande aceitabilidade social. E neste campo há exemplos fantásticos como é o caso da nova Super Bock sem álcool. É caso para dizer que esta comunicação é quaaaaaaaaaaaaaaaase perfeita!

10 outubro 2007

Porque será que se comunica tanto sobre alimentação?

Comunicar sobre alimentação é talvez das acções mais inatas realizadas pelo homem. Além do mais, poucas actividades estão presentes no nosso quotidiano de forma tão intensa como a alimentação. Grande parte da comunicação que se faz hoje em dia nesta área engloba-se em dois domínios: saúde pública e marketing nutricional. Se a primeira se tem tornado cada vez mais relevante, a segunda já o é há algum tempo. Todos os dias são descobertos novos componentes nos alimentos ou são exploradas as funções dos constituintes já conhecidos, sendo que as empresas do ramo alimentar usam a comunicação como forma de inteirar os seus consumidores de tais descobertas. Uma boa estratégia de comunicação tem necessariamente que ir de encontro aos anseios do consumidor. Ora, estando este hoje em dia cada vez mais ávido de informação nutricional, é natural que essa comunicação se tenha transformado e esteja cada vez mais complexa transitando do ancestral engorda/não engorda para diminui o colesterol/é rico em fibra… Finalizamos com uma das mais bem sucedidas estratégias de comunicação alimentar do ponto de vista publicitário. O que seria do pai Natal se não fosse a Coca-Cola…

07 outubro 2007

Boas Vindas!

Sejam bem - vindos ao Food 4 Good Mood! Este é um espaço de troca de opiniões e valorização de um tema tão em voga como a comunicação sobre alimentação. E para iniciar em beleza, nada como deixar-vos um exemplo do mote deste blog : "Porque comunicar alimentação é uma arte... sempre com boa disposição"